Sim, fui daquelas universitárias metidas a congressista. Me esforçava ao máximo em participar dos Congressos relacionados à Plantas Medicinais ( EtnoBotânica, EtnoFarmacologia, Antropologia...) e quando possível apresentar um trabalho.
Até que, fui participar de um Congresso no Rio de Janeito, o Ibero Latino Americano de Etnomedicina. Hotel de frente a praia, Copacabana, lindo dia de sol e um vidro que me separava de tudo isso... Minha realidade era outra, ar condicionado, tomar um cafezinho para parecer chique, senhores cientistas, senhoras cientistas, + senhores cientistas de terno xadrez e uma jovem com o fone de tradução no ouvido (eu).
Juro, aqueles fones não estavam pegando bem - era como se dissesse : " Mal falo português quem dirá inglês, espanhol e italiano" .
Então, por orgulho, me livrei dos fones de ouvido e fiquei próximo de um japonês (japonês inteligente, eu o imito e... me dou bem)... e fiquei assim durante 3 longos dias... Imitando o tal Japonês; ele ria? eu ria. Fazia cara de indignado? lá estava eu com os olhos arregalados. Fazia sinal de negativo, eu já soltava um baixinho "que absurdo!!!"...
Confesso, foi muito bom... E no final, no jantar de confraternização, no momento que todos se comprimentam, trocam e-mails, telefones e etc... tive que ir disfarçadamente falar com o Japonês AGRADECER- - - é ele ficou sem entender, mas mesmo assim falou De nada!
Grande Japonês!
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